Nesse contexto, ainda falta abordar uma nova realidade que nos cerca, representada pelo buzzword (espécie de jogada de marketing) Web 2.0. Usado pela primeira vez em 2004, chegou a se tornar o artigo mais citado da Wikipedia na língua inglesa em 2007. Se você "googlar" o termo, obterá mais de 70 milhões de páginas como resposta. Talvez dê um trabalhinho encontrar uma boa definição (até porque não existe um consenso sobre ela), mas pode valer a pena dar uma olhada no Wikipedia e no artigo What Is Web 2.0, da própria empresa (O'Reilly Media) que o criou. Numa linguagem mais fácil, sugiro Entenda o que é Web 2.0, da Folha On-line, e O que é Web 2.0, do Webinsider.
Como não queremos nos tornar especialistas no assunto, mas sim entender o que a Web 2.o tem a ver com trabalho colaborativo, tomarei emprestadas três definições curtas encontradas no ótimo Conceituando o que é Web 2.0:
“Web 2.0 usa a web como plataforma de socialização e interação entre usuários graças ao compartilhamento e criação conjunta de conteúdo." (Guilherme Felitti - repórter do IDG Now!)
“Web 2.0 é um novo paradigma na utilização e criação de web sites mais participativos e colaborativos.” (Fabio Seixas, criador do Camiseteria)
“Sinaliza uma fase na web onde se pratica a liberdade de falar e ser ouvido. É uma consequência natural do desenvolvimento da internet.” (Vicente Tardim, editor do Webinsider)
“Sinaliza uma fase na web onde se pratica a liberdade de falar e ser ouvido. É uma consequência natural do desenvolvimento da internet.” (Vicente Tardim, editor do Webinsider)
Esse comentário resume tudo: "Web 2.0 não é uma inovação, é uma mudança de paradigma da web centrada no EGO, para a web centrada no usuário, uma evolução natural que comecou quando “descobriram” que o elemento mais importante da internet não era quem criava os sites e sim o usuário que o visitava. A mudança passou da simples apresentação de conteúdo para a interação básica e hoje a interação das multidões, o já previsto conceito de inteligência coletiva previsto por Pierre Levy. A evolução é muito rápida, basta um piscar de olhos para perder uma fração do processo e ter a nítida sensação de que houve uma revolução." (João Carlos Caribé)
Portanto, independente das tecnologias envolvidas (que são várias, não necessariamente novas), o essencial é que o usuário passa de um mero leitor passivo, para alguém com voz ativa, que produz e consome informações de uma forma fácil, colaborativa e alucinante. Diferentemente do desenvolvimento de software de código aberto, no mundo da Web 2.0 praticamente não é preciso conhecimento técnico (Já experimentou criar um blog no blogger.com? Você não leva mais que 3 minutos!!).
São pessoas acostumadas a contar seu dia a dia e emitir suas opiniões em blogs, postar fotos de viagens no Flickr, resolver problemas usando fóruns de discussão, publicar seus vídeos no YouTube, criar comunidades e se relacionar através do Orkut, bater papo no MSN ou Skype, editar documentos em conjunto usando Wiki ou Google Docs, divulgar suas músicas no MySpace, trocar arquivos usando e-Mule ou BitTorrent, permanecer 100% do tempo conectado usando seus celulares, enviando mensagens enquanto assistem aula. Esses são apenas alguns poucos exemplos do que está acontecendo nesse mundo de total interconectividade.
Esses também são os profissionais que estão nas empresas, a cada dia em maior quantidade. Os mais novos são de uma geração que praticamente nasceu nessa realidade e não percebe o mundo de outra forma. Dentre os mais experientes, alguns conseguem se atualizar. Outros vão ficando pra trás.... De um jeito ou outro, são eles que trabalhan na sua empresa, cujo principal meio de comunicação ainda é o correio eletrônico. E o chefe fica em sua mesa, distribuindo ordens por escrito, ou então convocando reuniões longas e que não levam a lugar algum. E quando ele sai de férias, manda um e-mail para a equipe: "Fulano de tal estará me substituindo e monitorando minha caixa de correio". Fala sério!!! Como se administrar fosse limitado a isso....
Portanto, os executivos devem atentar prioritariamente para dois aspectos:
1) É preciso fornecer infra-estrutura tecnológica interna para possilitar as várias formas de interação que existem na internet (existem ferramentas livres e proprietárias para isso). Se você não fizer isso, os funcionários o farão. E sem você saber. Não duvide que existem hoje, "clandestinos" instalados em num servidor arranjado e colocado num canto qualquer, pelo menos um servidor Wiki ou um fórum de discussão.
2) É fundamental capacitar as lideranças para "falar essa linguagem", conhecer essas ferramentas e propiciar as novas formas de colaboração da Web 2.0. Existem CEOs fazendo isso em grandes empresas, publicando em blogs suas decisões, transformando a gestão em algo mais moderno e transparente. Mas isso precisa chegar na gerência média, aquela que "fica perto do pião". Já li uma vez que os funcionários comumente não demitem-se "da empresa", e sim do seu chefe imediato.
Espero ter ajudado a mostrar que, modismo ou não, a Web 2.0 está mudando as formas tradicionais de comunicação e colaboração. Temos que estar preparados!
São pessoas acostumadas a contar seu dia a dia e emitir suas opiniões em blogs, postar fotos de viagens no Flickr, resolver problemas usando fóruns de discussão, publicar seus vídeos no YouTube, criar comunidades e se relacionar através do Orkut, bater papo no MSN ou Skype, editar documentos em conjunto usando Wiki ou Google Docs, divulgar suas músicas no MySpace, trocar arquivos usando e-Mule ou BitTorrent, permanecer 100% do tempo conectado usando seus celulares, enviando mensagens enquanto assistem aula. Esses são apenas alguns poucos exemplos do que está acontecendo nesse mundo de total interconectividade.
Esses também são os profissionais que estão nas empresas, a cada dia em maior quantidade. Os mais novos são de uma geração que praticamente nasceu nessa realidade e não percebe o mundo de outra forma. Dentre os mais experientes, alguns conseguem se atualizar. Outros vão ficando pra trás.... De um jeito ou outro, são eles que trabalhan na sua empresa, cujo principal meio de comunicação ainda é o correio eletrônico. E o chefe fica em sua mesa, distribuindo ordens por escrito, ou então convocando reuniões longas e que não levam a lugar algum. E quando ele sai de férias, manda um e-mail para a equipe: "Fulano de tal estará me substituindo e monitorando minha caixa de correio". Fala sério!!! Como se administrar fosse limitado a isso....
Portanto, os executivos devem atentar prioritariamente para dois aspectos:
1) É preciso fornecer infra-estrutura tecnológica interna para possilitar as várias formas de interação que existem na internet (existem ferramentas livres e proprietárias para isso). Se você não fizer isso, os funcionários o farão. E sem você saber. Não duvide que existem hoje, "clandestinos" instalados em num servidor arranjado e colocado num canto qualquer, pelo menos um servidor Wiki ou um fórum de discussão.
2) É fundamental capacitar as lideranças para "falar essa linguagem", conhecer essas ferramentas e propiciar as novas formas de colaboração da Web 2.0. Existem CEOs fazendo isso em grandes empresas, publicando em blogs suas decisões, transformando a gestão em algo mais moderno e transparente. Mas isso precisa chegar na gerência média, aquela que "fica perto do pião". Já li uma vez que os funcionários comumente não demitem-se "da empresa", e sim do seu chefe imediato.
Espero ter ajudado a mostrar que, modismo ou não, a Web 2.0 está mudando as formas tradicionais de comunicação e colaboração. Temos que estar preparados!
4 comentários:
Já vi algumas coisas sobre mas, certamente, há uma "explicação" também muito boa a respeito do termo em um vídeo no YouTube. Trata-se da obra "The Machine is us/ing us", o qual apresenta a si mesmo de uma forma muito coerente com o que tenta descrever, que é todo conjunto de fenômenos que acompanham a Web 2.0. Inclusive ele revisita termos e conceitos citados nesse post.
O endereço do vídeo é este:
http://www.youtube.com/watch?v=NLlGopyXT_g
Na minha opinião, é altamente recomendado para qualquer pessoa que acessa a internet hoje em dia.
Tema muito interessante! Gosto mais até dessa perspectiva de estudo da colaboração, do que do software livre, por si só...
Muito bom o texto e excelente o vídeo apresentado por Anderson. Faz a gente gostar mais ainda do Web 2.0. Para um conteúdo mais técnico (só recomendado depois de ter visto o anterior):http://www.youtube.com/watch?v=nsa5ZTRJQ5w&feature=related
Vale a pena ler "Instituição Imaginária da Sociedade", de Castoriadis.
Embora eu concorde com a participação das pessoas mais ativamente na construção das entdades (empresas, governo, família...), faço uma ponte novamente para CRUZ: para maior geração de valor, é importante conjungar os aspetos Pessoas, Processos e Infra-estrutura tecnológica.
É preciso, principalmente nas empresas, criar processos e educar os colaboradores para o uso desses processos, para uqe o benefício de sua participação seja potencializado.
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